Pescar Bogas No Inverno e Primavera

Vilarinho das Furnas - Sonhe 2 pub22012009

A pesca de bogas no Inverno e na Primavera com canão não está ao alcance de qualquer pescador e quem consegue dominar está técnica verá o seu esforço compensado pela quantidade de capturas efectuadas.
Os aficionados da pesca desta espécie dividem-se, quanto ao desportivismo em duas categorias:

1 – Os pescadores que dizimam as bogas na sua migração pelos afluentes e que enchem, literalmente, o saco. É sabido que a boga quando migra para desovar apresenta grande voracidade e é pescada facilmente. Também há quem aproveite a grande densidade de peixes para pescar com redes. Isto é crime. Desenganem-se aqueles que pensam que os grandes predadores dizimam esta espécie nas nossas barragens ou rios. Não. São este tipo pescadores.

Há barragens onde coexistem, com boas populações, bogas e achigãs ou Barbos.

2 – A segunda categoria de pescadores são aqueles que, embora saibam que é difícil a captura desta espécie no Inverno ou Primavera, porque o peixe não está toldado pela fome da desova, praticam-na com sabedoria e paciência, pescando e soltando os peixes.

Onde Pescar:

O local privilegiado para este tipo de pesca é a barragem.
Ao chegar junto da nossa barragem preferida convém procurar pesqueiros com as seguintes características:

  1. Deve ser um local isento de rochas ou árvores submersas preferencialmente com um solo de lodo ou mole porque os locais limpos não causam prisões e sendo o solo lamacento é propício à criação de larvas que será o alimento preferido das bogas;

  2. Profundidade não superior a três metros porque assim limitámos o acesso à espécie pretendida afastando as grandes carpas, barbos, achigãs ou até trutas que, por outro lado iriam afastar as perspicazes bogas;

  3. O pesqueiro a preparar não deve estar distanciado da margem mais de nove metros porque é a distância ideal para manobrar o canão durante a jornada de pesca.

Preparação do Pesqueiro:

Quando falamos em preparar o pesqueiro queremos dizer fazer com que o local escolhido seja atraente para o peixe. Para isso vamos ter que utilizar engodo. Existem diversos engodos à venda nas lojas de pesca, portanto senão tiver a certeza de qual engodo utilizar deve perguntar ao lojista ele de certeza terá uma opinião formada sobre qual engodo funcionará melhor. No local, misturámos o engodo adquirido e formámos pequenas bolas do tamanho de laranjas. Pode-se, inclusive, adicionar algumas larvas ou até um liquido que proporcione um odor mais atraente. Feito este trabalho, lançamos umas doze bolas para o pesqueiro, sempre para o mesmo local para que o engodo não se expanda muito. Quando as bogas começarem a picar devemos continuar a engodar com bolas mais pequenas (do tamanho de uma noz) de dois em dois minutos. Assim, manteremos o cardume perto e, ao mesmo tempo, não lhe enchemos a barriga mantendo-os com a fome ideal para pegar nos nossos iscos.

 A Pesca

1 – Material a Utilizar

Para este tipo de pesca vamos utilizar o chamado canão, que não é mais do que um longa cana sem passadores ou carreto.
O seu tamanho pode variar entre os sete metros e os treze, variando também o seu preço, leveza e qualidade. De facto, os canões mais longos, mais leves e mais robustos são também os mais caros.

2 – A Linha

A boga, no Inverno, apresenta uma picada bastante subtil, por isso, o ideal seria utilizar uma linha da melhor qualidade e bastante fina, na ordem dos 0,10 mm com uma resistência aproximada de 1,5 kg. Este tipo de linha vai nos proporcionar alguma segurança se, entretanto, aparecer no pesqueiro um peixe maior, como por exemplo uma carpa ou um barbo.

3 – A Bóia

A bóia a utilizar deve ser seleccionada conforme a profundidade que pescarmos. Assim, uma bóia de 0,20 gramas irá funcionar bem em profundidades até um metro. Se quisermos pescar a profundidades maiores devemos colocar bóias mais pesadas lastradas com chumbos adequados. Não devemos esquecer que as bogas comem a meia água, isto é, comem antes do isco chegar ao fundo pelo que temos que apresentar o isco o mais naturalmente possível.

4 – Os Iscos e os anzóis

Este é um binómio que tem que ser bem seleccionado para obtermos o desejado sucesso. No Inverno e perante o frio característico desta época as bogas não estão a comer desenfreadamente como na altura da desova por isso o ideal será pescar com larvas como o asticot ou o ver de vase colocados em anzóis pequenos n.º 18.

Conclusão:

A pesca da boga no Inverno e Primavera requer muita paciência e sabedoria do pescador bem como a utilização de bons materiais.


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As Trutas do Rio Paiva

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O Rio Paiva é um dos melhores rios truteiros de Portugal.

Este rio tem como principais características:
- Um caudal magnífico;
- Paisagens selvagens;
- Correntes fortes;
- Água oxigenada;
- Margens empedradas.

Todas estas características fazem deste rio o habitat perfeito para as trutas fário.

É da opinião geral dos pescadores que aqui pescam que existem trutas fário de grandes dimensões e , às vezes, são pescadas por algum afortunado pescador.

A densidade populacional deste peixe, neste rio, é bastante razoável devido, sobretudo, à enorme quantidade de comida, nomeadamente, as larvas que se encontram nas diversas correntes, debaixo das pedras. Quando se dá a eclosão destas larvas, principalmente larvas de efémeras, os insectos que sobrevoam o rio são tantos e em tamanha densidade que parecem nuvens. Claro está que as trutas fazem autênticos banquetes nestas alturas.

Acresce ainda que o Rio Paiva possui vários afluentes e pequenos regatos de montanha que proporciona às trutas excelentes locais de desova.

Técnicas de Pesca

Todas as técnicas de pesca à truta produzem resultados satisfatórios, neste rio, mas prefiro pescar à minhoca durante os meses Março, Abril e Maio para nos meses restantes pescar com moscas secas.

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